segunda-feira, 14 de dezembro de 2015


1. Qual é o seu nome?
António Luís Sequeira mais conhecido por (faz o seu nome gestual - ver video). 

2.  Gosta do seu trabalho?
De diretor ou professor? Eu disse que não valia perguntas comprometedoras.

Acho que todos temos de gostar daquilo que fazemos independentemente do que fazemos e esforçarmo-nos para que seja bem feito. Julgo que não podemos ser caprichosos nem presunçosos! 

Quando temos emprego pode acontecer não corresponder ao que tínhamos pensado dele. Por isso, temos de aproveitar as oportunidades e fazermos os possíveis por gostarmos daquilo que fazemos e sobretudo, fazermos bem feito. Essa é a principal preocupação!

3. Há quantos anos trabalha como Diretor?
Há 2 anos e meio.


4.  O que é que foi preciso fazer para ser Diretor do Agrupamento?
Para além de ter surgido o concurso, foi preciso haver uma vontade para concorrer. Mais do que vontade, uma razão de concorrer. 

E atualmente é necessário ter uma habilitação específica para poder desempenhar essa função.


5.  Há quantos anos trabalha como professor?
Há 24 anos. Ainda trabalhei um ano sem ser profissionalizado porque eu era da via científica. 

E o primeiro ano que dei aulas depois da profissionalização foi aqui nesta escola. Estava quase que destinado a vir para aqui! Concorri a nível nacional e fiquei aqui! Se calhar foi por vossa causa que eu tinha de vir para cá!

6.  É professor de que disciplina?
Filosofia.

7. Gostava de ser nosso professor de Filosofia?
Gostava! Por acaso gostava. 

8. Como sentiu quando ouviu que havia surdos nesta escola?
Senti-me bem! Alunos são alunos, acho que não é pelo facto de terem uma característica que vos diferencia dos outros, ainda que todos tenhamos características que nos diferenciam um dos outros, que vos considere especiais. 

Mas digo que o facto de estar numa escola que tem esta unidade e ainda por cima com alunos tão simpáticos, para mim é um gosto enorme e uma mais valia para o Agrupamento!

9. Como decide quais são os nossos professores?
Há critérios que são aprovados pelo Conselho Pedagógico que temos de seguir para fazer essa distribuição de serviço. 
Existem depois algumas circunstâncias que não nos permitem cumprir com esse critério e aí os professores são atribuídos em função da disponibilidade do horário.

10. Gostava de aprender LGP?
Gostava. Ainda ontem tive uma sessão lá em casa com os meus filhos que me tentaram ensinar a dizer gato fofinho e cão fofinho.

11. Qual é sua opinião sobre os surdos? Acha que têm as mesmas capacidades que os ouvintes ou têm mais dificuldades?
Acho que são pessoas excecionais porque não tendo um dos sentidos que todas as pessoas têm, conseguem fazer o que fazem! Para mim é excecional. Torna-as, de certa forma, mais especiais do que todos os outros. Por exemplo, perguntaram se eu gostava de ensinar Filosofia. Eu gostava porque seria um desafio interessante. Conseguir transmitir-lhes determinados conceitos que são conceitos adequados à linguagem dos ouvintes… Vocês não tendo esse sentido teriam de ser capazes de inteligir e de ir mais além do que os próprios ouvintes. Seria extremamente interessante e gratificante conseguirem essa aquisição.

12. Qual é a sua opinião sobre o Comunidade surda?
 São pessoas muito ativas.

13. Lembra-se de algumas atividades que gostaria que os surdos fizessem?
Vocês já fazem tantas que nem sei! Apanharam-me de surpresa. Acho que era interessante eventualmente procurar estabelecer maior interação com os outros. Sei que às vezes é difícil interagir com os ouvintes mas talvez fosse importante fazer isso. Aproximarem-se deles, sobretudo os que oralizam, e pela interação ensinar-lhes algumas palavras para maior convívio, mais intencionalidade afectiva.

14. Tem algumas atividades extra-escola?
Tinha, agora já não. Praticava desporto e gosto muito de fotografia mas não tenho conseguido fazer nada. Tenho uma ação de formação este fim de semana e tenho de sair e fazer um pouco do que gosto. Depois posso-vos mostrar!



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